Os resíduos são materiais que resultam das atividades humanas e que não têm mais utilidade ou valor para quem os descarta.
Eles podem ser classificados em diferentes tipos, de acordo com a sua origem, a sua composição, o seu potencial de reciclagem e o seu impacto ambiental. Neste artigo, vamos conhecer os cinco tipos de resíduos que a sociedade produz e como eles podem ser gerenciados de forma sustentável.
1. Resíduos sólidos urbanos (RSU)
Os resíduos sólidos urbanos (RSU) são aqueles gerados nas cidades, provenientes das atividades domésticas, comerciais, de serviços, de limpeza pública e de pequenas indústrias.
Eles são compostos por materiais como papel, plástico, metal, vidro, orgânicos, entre outros. Os RSU representam cerca de 60% do total de resíduos gerados no Brasil, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
A gestão dos RSU é responsabilidade dos municípios, que devem realizar a coleta seletiva, o transporte, o tratamento e a destinação final adequada dos resíduos.
A reciclagem é uma das formas mais eficientes de reduzir o volume e o impacto dos RSU, pois permite a recuperação de materiais que podem ser reutilizados ou transformados em novos produtos.
2. Resíduos industriais
Os resíduos industriais são aqueles gerados nos processos produtivos das indústrias de diversos setores, como metalúrgico, químico, têxtil, alimentício, entre outros. Eles são compostos por materiais como cinzas, lodos, óleos, solventes, metais pesados, entre outros.
Os resíduos industriais representam cerca de 15% do total de resíduos gerados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
A gestão dos resíduos industriais é responsabilidade das indústrias, que devem seguir o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), que é um documento obrigatório para todos os empreendimentos que geram resíduos.
O PGRS deve conter informações sobre a caracterização, a quantificação, a classificação, as formas de armazenamento, de transporte e de destinação final dos resíduos, bem como as medidas de redução, de reutilização e de reciclagem.
3. Resíduos de serviços de saúde (RSS)
Os resíduos de serviços de saúde (RSS) são aqueles gerados nos estabelecimentos que prestam serviços relacionados à saúde humana ou animal, como hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, entre outros.
Eles são compostos por materiais como seringas, agulhas, gazes, curativos, sangue, tecidos humanos ou animais, medicamentos vencidos ou contaminados, entre outros. Os RSS representam cerca de 1% do total de resíduos gerados no Brasil, segundo dados da Abrelpe.
A gestão dos RSS é responsabilidade dos geradores, que devem seguir o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), que é um documento obrigatório para todos os estabelecimentos que geram resíduos dessa natureza.
O PGRSS deve conter informações sobre a caracterização, a quantificação, a classificação, as formas de armazenamento, de transporte e de destinação final dos resíduos, bem como as medidas de prevenção e controle de riscos à saúde pública e ao meio ambiente.
4. Resíduos da construção civil (RCC)
Os resíduos da construção civil (RCC) são aqueles gerados nas atividades de construção, reforma, demolição ou reparação de edificações ou infraestruturas.
Eles são compostos por materiais como concreto, tijolo, cerâmica, madeira, metal, gesso, entre outros. Os RCC representam cerca de 22% do total de resíduos gerados no Brasil, segundo dados da Abrelpe.
A gestão dos RCC é responsabilidade dos geradores, que devem seguir o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), que é um documento obrigatório para todos os empreendimentos que geram resíduos dessa natureza.
O PGRCC deve conter informações sobre a caracterização, a quantificação, a classificação, as formas de armazenamento, de transporte e de destinação final dos resíduos, bem como as medidas de redução, de reutilização e de reciclagem.
5. Resíduos agrossilvopastoris
Os resíduos agrossilvopastoris são aqueles gerados nas atividades de agricultura, pecuária, silvicultura ou aquicultura. Eles são compostos por materiais como restos de culturas, esterco animal, embalagens de agrotóxicos, madeira, entre outros. Os resíduos agrossilvopastoris representam cerca de 2% do total de resíduos gerados no Brasil, segundo dados da Abrelpe.
A gestão dos resíduos agrossilvopastoris é responsabilidade dos geradores, que devem seguir o Plano de Gerenciamento de Resíduos Agrossilvopastoris (PGRAP), que é um documento obrigatório para todos os empreendimentos que geram resíduos dessa natureza.
O PGRAP deve conter informações sobre a caracterização, a quantificação, a classificação, as formas de armazenamento, de transporte e de destinação final dos resíduos, bem como as medidas de redução, de reutilização e de reciclagem.
Conclusão
Os cinco tipos de resíduos que a sociedade produz são fontes potenciais de poluição e degradação ambiental, mas também podem ser aproveitados como recursos para a geração de energia, matéria-prima ou fertilizante.
Para isso, é preciso que haja uma gestão adequada dos resíduos, baseada nos princípios da responsabilidade compartilhada, da prevenção, da precaução e da sustentabilidade.